Desde quando finanças é assunto para criança?

Para ter um país com cidadãos conscientes do seu desenvolvimento econômico, é importante que as pessoas aprendam mais sobre finanças pessoais. E isso deveria começar na escola. Por que não? As crianças devem ser orientadas para fazer as escolhas certas, para que no futuro não se vejam presos em um emaranhado de dívidas.

Investir na aprendizagem financeira

Mais importante do que ensinar a matemática básica, as escolas Brasileiras deveriam investir na aprendizagem financeira. O assunto pode dividir opiniões no país, mas é inevitável a discussão. Crianças que conhecem a economia, são melhores administradores no futuro.

Este é o momento em que eles serão direcionados sobre como trabalhar com dinheiro, e toda instituição deveria incluir estudos financeiros e economia em seu currículo. Essa é a importância de ter finanças na escola.

Nesta fase, os alunos devem ser ensinados sobre temas abrangentes, baseados em situações da vida real. Isso para que possam entender melhor como o sistema funciona. É claro que não serão repassados termos técnicos ou específicos, apenas o básico que eles devem aprender.

Incluir finanças na escola é uma estratégia inteligente de educar a pessoa, já que a absorção de conteúdos novos na infância é bem maior do que na fase adulta.

Como ensinar finanças na escola?

À medida em que estão crescendo, os alunos vão adquirindo conhecimentos relevantes no contexto econômico, caso a escola oferte ensinamento nesta área. E isso lhes permitirão tomar decisões que sejam adequadas no âmbito financeiro. Além de calcular os riscos em que eles podem se envolver com o passar do tempo.

Os instrutores desempenham um papel muito importante neste desenvolvimento. Eles devem permitir que seus alunos se envolvam em competições de sala de aula e gincanas baseadas em situações da vida real.

Além disso, se os alunos são ensinados através de atividades extracurriculares, eles serão capazes de melhorar seus conhecimentos fiscais. Por isso, finanças na escola é indispensável.

É claro que nesse processo eles vão cometer erros, mas também vão aprender com eles. Isso é benéfico, pois permitirá que os indivíduos evitem entrar em mais problemas quando forem adultos. Outra maneira em que as finanças pessoais podem ser ensinadas aos alunos é através de jogos de tabuleiro, ou com jogos online relacionados ao dinheiro.

Estes jogos não são apenas para crianças, mas também para indivíduos de qualquer faixa etária. Eles são interativos, divertidos e muito educativos. Portanto, se as instituições educacionais decidem ensinar, proporcionando aos nossos jovens uma alfabetização financeira, os benefícios que a juventude vai ter serão duradouros.

Qual a importância das finanças na escola?

Alguns minutos na Internet e uma criança pode encontrar mais do que alguns brinquedos ou CDs de jogos. Quando eles têm idade suficiente para consumir, as compras online se tornam fáceis demais. Portanto, eles têm mais opções de dívida.

E quem está na escola agora, provavelmente, vai querer se graduar no futuro. Muitos estudantes universitários entre 18 e 25 têm pelo menos um cartão de crédito. No momento em que se formam, metade deles tem débitos para quitar. Então, se um programa de finanças na escola fosse implementado no ensino médio ou fundamental, eles poderiam se formar com menos dívidas. Além disso, os empréstimos estudantis são caros. Os alunos estão assumindo mais dívidas, e com os bancos apertando o cinto, muitos deles estão se voltando para credores mais arriscados.

* Leila Ghiorzi é coach financeira formada pelo Instituto Coaching Financeiro (ICF-RJ). Possui formação complementar em Investimentos e Intermediação Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e formação executiva em Finanças Corporativas pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Planeja mudar o mundo com feminismo, educação financeira, amor e Beatles.