A sigla SELIC significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia e nada mais é do que a taxa básica de juros utilizada no Brasil. Ela é utilizada pelo governo federal (Banco Central) para controlar a emissão, compra e venda de títulos. Ou seja, é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos feitos junto aos bancos.
Para definir essa taxa, o Banco Central se reúne em um comitê oito vezes por ano, que é o Comitê de Política Monetária (Copom). Assim, eles analisam a situação econômica do Brasil e definem qual é o melhor índice. A Taxa Selic é importante para ajudar o país a controlar a inflação, por isso é de grande relevância.
Então, se a inflação está alta, o BC pode elevar os juros e com isso o custo do crédito acaba aumentando no Brasil. Ou seja, isso serve para o evitar o aumento descontrolado da inflação. É a partir dessa taxa que os bancos estipulam o valor de aplicações financeiras feitas pelo consumidor, além de servir como referência de juros para empréstimos e financiamentos.
Mas, não se iluda, porque geralmente os juros cobrados são maiores do que a Selic. Isso porque se leva em conta o custo da operação dos bancos, com agências, funcionários e impostos. Por essa razão que os juros dos cartões de créditos e do cheque especial são altíssimos.
Como ela afeta seu bolso?
A Taxa Selic pode lhe afetar de diferentes maneiras, e o grau de influência vai depender de sua condição financeira, gastos e renda mensais. Vamos supor que você está fazendo economias para comprar uma casa. Você já fez a simulação de empréstimo ou financiamento junto ao banco, no início do ano, e já está há nove meses poupando.
Embora sua atitude seja nobre, um aumento inesperado na Selic pode estragar todo o seu planejamento. E sabe por que? Porque com o aumento dos juros, o valor total do empréstimo sobe. Ou seja, tudo o que você economizou não será suficiente para pagar as prestações mensais da casa própria. Então, esse dinheiro que você pegaria emprestado já não vai mais circular na economia do país.
E tudo isso faz parte do ciclo dessa taxa, que é tão importante para a manutenção das nossas finanças.
* Leila Ghiorzi, coach financeira com formação complementar em investimentos e intermediação financeira. Autora do projeto É da Minha Conta.